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15 dez 2016 em AGM

Dezembro Laranja ? previna-se contra o câncer de pele

O Verão ainda não chegou oficialmente. Ele começa dia 22 de dezembro. Para muitos é tempo de praia, de lazer, férias escolares. Em muitos estados também é um período de maior irradiação solar. Em Goiás o sol forte predomina em quase todos os meses do ano. E se o goiano não dispõe de muitas opções de praia, a não ser as do rio Araguaia no meio do ano, mesmo assim está exposto a radiação solar no trabalho diário.
 
Mas o calor e os dias ensolarados não deixam dúvida de que está na hora de redobrar os cuidados com a exposição ao sol. O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima em 175 mil os novos casos de câncer da pele não melanoma no Brasil em 2016. Daí a necessidade de se intensificar a prevenção.
 
Para alertar a população para o problema a Sociedade Brasileira de Dermatologia, através do Programa Nacional de Combate ao Câncer de Pele, está desenvolvendo em todo o país a campanha denominada de Dezembro Laranja. E uma das principais informações é a de que a maioria dos casos de câncer de pele pode ser evitada com medidas simples de proteção solar, como por exemplo, usar filtro, chapéu, boné e cuidar com o excesso de exposição ao sol e aos horários certos para isso.
 
Outra importante informação é a de que a radiação solar é cumulativa ao longo da vida e os primeiros 20 anos são responsáveis por 80% da radiação que o indivíduo recebe na vida. Percebe-se, então, a responsabilidade dos pais na prevenção do câncer da pele de seus filhos.
 
Pesquisa
 
Recentemente a SPC e o DATA Folha divulgaram uma pesquisa que, segundo os médicos, pesquisa traz dados alarmantes:
 
-106 milhões de brasileiros se expõem ao sol de forma intencional nas atividades de lazer ? 70% da população acima de 16 anos;
63% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia = + 95 milhões de -brasileiros não se protegem de forma regular;
-6  milhões de brasileiros adultos (mais de 4% da população) não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina,  cachoeira, banho de rio ou lago.
-Dos entrevistados que têm filhos até 15 anos, 20% dessas crianças e adolescentes não se protegem de forma alguma nas atividades de lazer. Se a análise incluir as classes D/E, esse percentual sobe para 35%
 
Tipos de Câncer
 
Basicamente existem dois tipos de câncer de pele: o melanoma, que é o mais agressivo, com maior risco de complicação e metástase e que responde por 5% dos casos, e o não melanoma. Esse último é mais comum, é responsável por 95% dos casos de câncer de pele e tem uma relação direta com a exposição solar, especialmente aquele excesso de sol tomado na infância, que só vai aparecer décadas depois.
 
 
Carcinoma basocelular (CBC)
 
É o mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. O CBC surge nas células basais, que se encontram na camada mais profunda da epiderme (a camada superior da pele). Tem baixa letalidade, e pode ser curado em caso de detecção precoce.
 
Os CBCs surgem mais frequentemente em regiões mais expostas ao sol, como face,orelhas, pescoço, couro cabeludo,  ombros e costas. Podem se desenvolver também nas áreas não expostas, ainda que mais raramente. Em alguns casos, além da exposição ao sol, há outros fatores que desencadeiam o surgimento da doença.
 
Carcinoma espinocelular (CEC)
 
É o segundo mais prevalente dentre todos os tipos de câncer. Manifesta-se nas células escamosas, que constituem a maior parte das camadas superiores da pele. Pode se desenvolver em todas as partes do corpo, embora seja mais comum nas áreas expostas ao sol, como orelhas, rosto, couro cabeludo, pescoço etc. A pele nessas regiões normalmente apresenta sinais de dano solar, como enrugamento, mudanças na pigmentação e perda de elasticidade.
 
O CEC é duas vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Assim como outros tipos de câncer da pele, a exposição excessiva ao sol é a principal causa do CEC, mas não a única. Alguns casos da doença estão associados a feridas crônicas e cicatrizes na pele, uso de drogas antirrejeição de órgãos transplantados e exposição a certos agentes químicos ou à radiação.
 
Normalmente, os CEC têm coloração avermelhada, e apresentam-se na forma de machucados ou feridas espessos e descamativos, que não cicatrizam e sangram ocasionalmente. Podem ter aparência similar a das verrugas também. Somente um médico especializado pode fazer o diagnóstico correto.
 
Melanoma
 
Tipo menos frequente dentre todos os cânceres da pele. Embora o diagnóstico de melanoma normalmente traga medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença.
O melanoma, em geral, tem a aparência de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Porém, quando se trata de melanoma, a ?pinta? ou o ?sinal? em geral mudam de cor, de formato ou de tamanho, e podem  causar sangramento. Por isso, é importante observar a própria pele constantemente, e procurar imediatamente um dermatologista caso detecte qualquer lesão suspeita.
 
A hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doença devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando há casos registrados em familiares de primeiro grau.
 
 
Como se proteger
 
Evitar a exposição excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radiação UV são as melhores estratégias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cutâneos.
 
Como a incidência dos raios ultravioletas está cada vez mais agressiva em todo o planeta, as pessoas de todos os fototipos devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol. Os grupos de maior risco são os do fototipo I e II, ou seja: pele clara, sardas, cabelos claros ou ruivos e olhos claros. Além destes, os que possuem antecedentes familiares com histórico da doença, queimaduras solares, incapacidade para bronzear e pintas também devem ter atenção e cuidados redobrados.
 
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda que as seguintes medidas de proteção sejam adotadas:
 
-Usar chapéus, camisetas e protetores solares.
-Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10 e 16h (horário de verão).
-Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
-Usar filtros solares diariamente, e não somente em horários de lazer ou diversão. Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB e tenha um fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo.  Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre. Ao utilizar o produto no dia-a-dia, aplicar uma boa quantidade pela manhã e reaplicar antes de sair para o almoço.
-Observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas.
-Consultar um dermatologista uma vez ao ano, no mínimo, para um exame completo.
-Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses.
 
Hábitos simples para cuidar da pele:
 
-Usar protetor solar todos os dias, em todas as áreas expostas do corpo;
-Evitar exposição ao sol no horário de pico (10h-16h);
-Usar boné e chapéu de aba larga para proteger o rosto;
-Observar o aparecimento de feridas que não cicatrizam, manchas escuras ou nódulos na pele, ou alterações em pintas (aumento, modificação da cor, coceira ou sangramento);
-Não usar o filtro ao longo da vida pode trazer outras consequências para a pele, como pintas e sardas.